segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Pais radicais e bem corujas 12/08/2012 07h56 tatiana santos Voar nas asas de um parapente ou sair pelas estradas a bordo de uma motocicleta de várias cilindradas pode soar para muita gente como algo muito radical. E até pode ser. Porém, mais do que isso, os personagens desta matéria conseguem conciliar o esporte e a família. Eles são maridos, profissionais, além de pais muito dedicados. Um deles é o técnico em qualidade, André Gustavo, de 34 anos. Piloto de asa delta, parapente e voo duplo desde 1998, o itabirano é casado com Udicéia e tem duas filhas: Esther, de 7 anos, e Sophia, de 4. Para ele, a paternidade o completou e ao mesmo tempo aumentou as responsabilidades. “Filho sempre nos completa, não consigo viver sem elas”, garante. Segundo o técnico, a satisfação de ser pai não o isentou dos momentos difíceis, como na época em que a filha mais velha, Esther, na ocasião com um ano e meio, teve leucemia bifenotípica, doença que afeta a produção dos glóbulos brancos. André e a esposa praticamente se mudaram para o hospital em que a menina se tratava, na capital mineira. “Ela ficou por dois anos em tratamento intenso e quimioterapia em Belo Horizonte. Foi o pior momento para nós”, lembra. Porém, ele não vê problemas em recordar a fase, pelo contrário, fala com serenidade sobre o aprendizado que tal etapa propiciou à família, o que se resume em duas palavras: força e amadurecimento.”Olho para trás e agradeço a Deus, porque íamos à unidade de saúde e víamos as crianças numa semana e na outra elas já não estavam mais lá, haviam morrido”. O pai é tão presente que como Udicéia trabalha fora, ele reforça a cada dia os laços com as crianças, seja penteando os cabelos, dando banho ou levando à escola. A vontade de acertar na educação das meninas o leva a aplicar conceitos como verdade, sinceridade e união, e o pai-piloto revela seu lado ciumento. Ao ser questionado sobre o mais difícil de ser pai, ele diz às gargalhadas: “O casamento das minhas filhas”. Ainda bem que falta um bom tempo para Esther e Sophia se casarem. Enquanto isso, André desfruta dos passeios acompanhados das três mulheres da sua vida. Todas compartilham o gosto pelo voo, inclusive as pequenas, que apesar de não saltarem devido a pouca idade, acompanham André no esporte e sonham futuramente planar sob as asas do pai. Sabedoria e maturidade Assim como as filhinhas do piloto de voo livre, o trio Bruna, 14 anos, Marcelo, 8, e Arthur, de um 1 e meio, participam ativamente da vida de esportista do pai, o empresário Marco Aurélio Garcia Matos, 43, casado com Daniela Matos. Motociclista desde os 15 anos e estradeiro há três, Marco Aurélio se diz um pai preocupado. Sua inquietação não é quanto às cilindradas da moto em que os filhos irão adquirir na fase adulta, mas a concorrência na criação da prole. “Enquanto pais, passamos os conceitos e o mundo lá fora passa outros. A preocupação nº 1 é com as drogas e com a busca pela educação acadêmica“, afirma. Ser pai de três filhos, sendo uma adolescente, para o empresário é algo que requer sabedoria e maturidade, pois como explica, “a Bruna tem uma personalidade forte e está passando por transformações típicas desta fase, enquanto que os mais novos ainda não têm uma identidade bem definida”. A convivência de muito respeito resulta em uma família bem estruturada, como ele declara. Marco Aurélio é membro de um motoclube em Itabira e ressalta que a família está sempre reunida, dividindo a paixão pelas quatro rodas e se confraternizando nos encontros promovidos pelo grupo. Mais do que a sensação do vento na estrada, o sentimento de ser pai é o mais importante e o conecta a Deus. “Ser pai nos ensina a crescer como pessoa e nos aproxima do Divino, é uma sensação ímpar”, descreve.
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